Eta nóis, ultra-barro...

Hoje é quarta-feira e nóis pássaros em terreno brasileiro iremos amanhã aoi show do Ben Harper, lindão.
Não postei na segunda por falhas técnicas na minha máquyina, porém, parecem já ter sido sanadas. É bem verdade também que só agora é que parece que a poeira do ano novo vai baixando, e a creatividade acabou voando da memória pra longe, num lugar sem papel e caneta, o que me fez, mais uma vez, a recorrer a escritos antigos, e como todos voltamos literalmente cheio de "pérébas" pelo pé, resolvi colocar o soneto de nome " O paciente", apesar de não ter qualquer semelhança com nosso microscópico problema, mas é o que vai ser...

O PACIENTE


Fatídica hora tão cheia de tormenta e angústia
Em que a doença se apossou de minha carne.
Triste hora que não passa... É quando dum gesto preciso meu peito rasga.
Entrego a vida, rezo e imploro mãos de clérigos. De mágica astúcia.

Até que me chamam os anjos e durmo. E os sonhos são coloridos.
Escondem a enorme tensão que envolve meu corpo e meu leito
Furam-me as carnes, me raspam o osso, enquanto a droga faz seu efeito.
Num reflexo involuntário me contorço e no sonho ouço um gemido.

Estou incrivelmente, fora e dentro, fisicamente, dentro e fora de mim.
Há pedaços de minhas vísceras numa redonda bandeja.
Retiram-me os tumores que me levariam a morte e guardam para que depois os veja.

Voltam-me e a mim mesmo, e sinto que estamos perto do fim.
Com o peito já costurado, no vácuo de um quarto branco, é a solidão a minha companheira. E nesse novo gen de vida, sossega o espírito e acalma-se a alma, e sente a vibra
temerosa de mais uma vida inteira.



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A todos uma ótima semana, um beijão no coração, e até segunda-feira...


valeu...joão de barro, também com NECROSEEEEEEE...