Imaginação

Bentíva

É interessante como fatores externos estimulam nossa imaginação. Dia desses saí de casa e, apesar do céu azul, tava um frio danado. A chegada do inverno se anunciava com a neve no chão e os esquilos procurando os alimentos escondidos durante os meses de vaca-gorda.

Passei um protetor para me proteger da solaca que, mesmo com a temperatura baixa, se faz severa se São Pedro assim decide. Aquele cheiro típico do Sundown, que parece ser o mesmo em qualquer lugar do mundo, me fez lembrar tempos longínquos.

Entre um momento e outro, minha mente cruzou o continente e aterrisou em R.O. A rapaziada acordando meio de ressaca, meio na motivação de mais um dia de liberdade. Viola incansável arranhando um Pearl Jam. Copo de Nescau. Cheiro de produto que mata mosquito.

Me lembrei do sábio Stanislavski. “Use seus poderes interiores para modificar as coisas materiais que o cercam”. Lembrei de um filme sobre física quântica que eu vi certa vez, que dizia algo do tipo “Você é quem cria sua própria realidade”. Meio brega, mas fez sentido.

Lembrei de Rimbaud “Eu sou um outro”. Sou?

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Feliz aniversário, Leozite! O membro número 1 da mulecada!